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Faz 8 anos que comecei com esse blog. A minha primeira postagem já é quase um spoiler da carreira que eu decidi seguir (há uns 4 anos) que é sobre daltonismo, eu nunca me esqueci. Afinal, criei o blog com o intuito de me ajudar na escrita para o vestibular (por isso sei a idade exata do blog, sem precisar conferir).

Quem poderia imaginar que isso algum dia se tornaria realidade? Paula nunca imaginou que sua vida seria assim, que encontraria alguém tão igual e tão diferente ao mesmo tempo e que a fizesse extremamente feliz.

Ela pensa no que poderia escrever, sobre qualquer coisa, nada surgia a sua mente. Estava determinada a escrever há um bom tempo, e nenhuma ideia aparecia. Decidiu então escrever sobre qualquer coisa, desde que digitasse algo e saísse letrinhas em sua tela.

Olhou a sua volta e percebeu que poderia escrever sobre o seu companheiro que estava dormindo as dez da manhã, pois teve que passar a noite toda fora e só chegou pela manhã. Viu também o seu cachorrinho dormindo ao lado da cama de seu amor e ficava apaixonada pela cena, só faltou o gatinho do casal para completar a visão perfeita.

Paula estava em êxtase por estar vivendo tudo aquilo, apesar do trabalho não estar tão bem quando pensou que estaria e estar à toa por esses dias. Aquela cena a tranquilizava tanto, saber que tem aqueles amores tão pertinho. Ela sabia que não precisava de muito mais do que aquelas pessoinhas para ser feliz. Decidiu descansar.

Queríamos ir a algum lugar romântico e não tão longe de casa, então decidimos que queríamos visitar restaurantes diferentes da Rota do Lagarto, mas onde ficar?
Pesquisamos lugares pelo blog rotas capixabas e escolhemos uma pousada que ficasse em conta para que pudéssemos gastar mais nos restaurantes e nos sítios comprando queijo, antepasto e socol.

Cachoeira da Bica

Saímos de Vitória rumo a Venda Nova do Imigrante (local da pousada que escolhemos). Mas no meio do caminho paramos na Cada da Bica para almoçar.
Uns minutos depois chegamos na Pousada do Nonno. E ficamos apaixonados!








 Ficamos encantados com o nosso quarto! Resolvemos descansar bem pouquinho e logo fomos ao sítio Carnielli para comprarmos queijinhos. Compramos uns 5 tipos diferentes de queijo, mas o meu favorito foi o Resteya defumado. E depois passamos no sítio Lorenção que ficava bem perto da nossa pousada.


Voltamos pra casa com muitas coisas e decidimos que mais tarde iríamos jantar no Don Lorenzoni, então dessa vez realmente descansamos até de noite.
Nos arrumamos e saímos em direção a Rota do Lagarto. Don Lorenzoni fica no KM 3 da Rota.
Já estava fechando quando chegamos lá (quase 22h). Pedimos nossos pratos, o meu era Ravióli de pera e o do Roney Cordeiro dos Deuses (algo assim). O meu tinha um sabor meio agridoce por causa da pêra, muito incrível e o prato do Roney estava maravilhoso também (experimentei um pouquinho). As nossas sobremesas estavam fantásticas também, a minha era pana cotta e a do roney eu não lembro o nome, mas eram morangos com chocolate numa taça. O lugar é bem chique e uma luz ambiente bem gostosa.

Ravióli de pêra (com filé)

Cordeiro dos deuses

Sobremesas

Nosso dia um acabou. Dormimos e no outro dia levantamos um pouco tarde, porém não muito. Nós fomos almoçar no restaurante Alecrim depois do final da Rota do lagarto. O ambiente é muito gostoso, almoçamos do lado de fora, na parte de trás. Não lembro direito qual foi o nome do prato do Roney, mas tinha filé, algum molho com gorgonzola e uma espécie de geléia de morango (também experimentei um pouco e estava muito gostoso - inclusive brinquei com ele para que nós fossemos lá novamente para a gente pedir trocado hahaha -, o meu prato foi risoto de camarão que estava fabuloso. A sobremesa do Roney não consigo me lembrar o nome, mas tinha dois andares e pasta de amendoim e o meu era um pudim de leite condensado com chantily de café.

Lana trabalhava para uma empresa muito grande, não tenho certeza de que tipo era, mas era grande. Ela era muito introvertida, tímida, porém não deixava transparecer e passava a imagem de mulher de poder. Ela se envolveu com Evans, no começo muito amoroso, dedicado e demonstrava amor e devoção a Lana.

Algum tempo depois Lana se entendiou em seu relacionamento com Evans, porém empurrava pra ver até onde iria. Até que um dia ela conheceu Matthew, típico cara com cabelo super penteado, jaquetas de couro, calça colada, total oposto do nerd, cabelo esquisitão que era o namorado dela.

Lana fez amizade com Matthew e se interessou tanto pelo rapaz que decidiu que era hora de findar o seu relacionamento que já estava fadado ao fracasso há muito tempo e só Evans não enxergava isso.
Ela finalmente se permitiu sair com Matthew que se demonstrou ser tão presente e carinhoso. Evans não gostava nada disso, se mostrou possessivo e tentava de todas as formas fazer Lana voltar pra ele e impedir que ela ficasse com Matthew.

Até então tudo normal na história, quando de repente, entra um fator X, descobrimos que nossos personagens tem super poderes. Evans por ser extremamente possessivo, conseguia externar muito seu poder em momentos de raiva. Ele lutou contra o novo namorado de sua ex até que ele pudesse sumir do mapa, acreditando que teria o matado.

Lana chorava desesperadamente por seu amado ter morrido. E logo depois descobria que estava grávida. Ela sabia de quem era o filho, mas na cabeça de Evans aquela criança era dele. Aprisionava a moça e por medo do que ele era capaz ela se permitiu ficar nessa situação horrenda de desespero e não saber o que fazer. Não tinha a quem recorrer, sem família e sem amigos.

Tanto que um dia ela se questionou sobre a paternidade "será mesmo que Matthew não é o pai?". Até que um dia uma garota de cabelos coloridos resolveu conversar com ela e disse que ela deveria pegar metais que são atraídos por ímã e colocasse perto da barriga dela, caso esse metal fosse puxado o bebê que estava esperando ela de Matthew já que se poder era parecido com o do Magneto. Lana o fez e percebeu que puxava sim, pela primeira vez em alguns dias de tormento, pode sorrir. Ela desejava tanto que Matthew não tivesse morrido e que pudesse ver a criança nascer.

Então um dia quando ela estava no trabalho o pai de seu filho apareceu por uma janela, ele estava bem enfraquecido, porém queria resgatá-la daquela prisão. O reencontro foi bem apaixonado, eles deveria fugir logo, mas não conseguiram se conter de tanta felicidade e paixão contida por alguns meses. Então ela pegou na mão dele para que eles saíssem sem serem vistos, mas eis que Evans é avistado de longe e percebe os dois também. Eles voltam correndo e...
Nessa parte eu acordei e percebi que tive uma noite bem intensa de sonho esquisito que parecia mais que eu estava vendo um filme.

Sinopse: 
Nise é uma psiquiatra que foi afastada do hospital onde trabalhava e logo quando retornou viu no que o hospital estava sendo transformado, então decidiu que seria hora de agir. Os médicos queria fazer tratamentos com lobotomia (retirar partes do cérebro) e/ou eletrochoque. Só que a médica não concordava com esse método de tratamento, pra ela os pacientes, na verdade, clientes deveriam ser tratados como pessoas e não como um animal de experimentos.


O que eu achei sobre o filme? (Contém spoiler)

Eu achei incrível a fotografia, a trilha sonora do filme, as atuações foram impecáveis! A movimentação de câmera foi sensacional, porque ela não ficava parada como se estivesse num tripé pra dar aquele tom de perfeição. O tempo todo havia movimentação, creio eu, pra demonstrar a visão que é estar num hospício, o caos, a imperfeição. Salvo momentos que utilizaram de mini grua, gleadcam e essas coisas pra dar uma movimentação suave.



Em dois momentos eu percebi esse tipo de movimentação. Quando eles começaram a pintar os quadros e o Carlinhos (eu acho que era ele) tava pintando olhando pela janela e a Nise fala um pouco da história dele, que antes dele ir pra lá ele viu deus nos feixes de luz, enquanto ele pintava algo parecido com vitral. O outro momento foi quando os quadros deles foram para uma exposição que precisou da câmera com uma movimentação mais suave enquanto a trilha tocava bem leve. Com certeza houve outros momentos em que esse modo mais estável da câmera apareceu, mas foram esses dois momentos em que eu percebi.

Há uma cena bem marcante que é o paciente Fernando, depois que a Nise descobre um pouco mais sobre a história dele - na qual ele havia surtado logo após uma paixão dele ter se casado, uma moça que sempre tocava piano, era filha da patroa da mãe dele. Então a médica resolveu introduzir músicas junto das pinturas. O curioso foi que nessa cena mostra uma penumbra maior e parece que só está ela e o Fernando na sala e aparece uns sons bem esquisitos de como se fosse a voz dele mesmo e parece que ele estava falando coisas sem sentido, mas depois de analisar bem parecia uma memória dele que foi ativada e ele meio que acordou pra realidade dele.


Uma cena que eu achei muito forte e a atuação deles incrível foi quando os cachorros foram mortos pelos outros médicos e deixaram eles lá para os pacientes verem. Já não bastasse a ideia de tirar os cães dos pacientes que estavam completamente apegados, ainda matar e deixar para que eles vissem ainda?! E logo em seguida eles levam um dos pacientes que feriu um enfermeiro (o que tinha dado o cachorro pra ele). "Pra que deu se ia tirar?" E bateu na cabeça do enfermeiro com uma pedra. Os médicos levaram ele para o tratamento radical. A Nise tentou reverter essa situação, mas já era tarde demais. Então mostra uma cena em que a câmera começa com um plano aberto e ela dentro da sala onde eles pintavam, ela estava sentada na mesa e a câmera cada vez mais aproximando-se dela. De repente há um grito do lado de fora e então ela começa a gritar e bater na mesa, sozinha, sentida pelo paciente e por estar totalmente sem o que fazer para ajudá-lo, completamente inútil. Logo depois corta pra ela no sofá com o marido dela chorando e um de seus gatos sobe no sofá para confortá-la.




No filme eles começam a pintar e desenhar coisas muito abstratas, pois era o que eles estavam sentindo naquele momento, a mente estava uma confusão tão grande que só saíam coisas abstratas. Então com o passar do tempo os desenhos tomam formas geométricas, ou seja, as coisas começam a se ajeitar e então começam desenhos de salas, paisagens, tudo toma forma e inclusive um paciente consegue voltar para casa.

Um filme emocionante e que vale muito a pena ver.

Branco.
Neve, muita neve.
Meus olhos estavam fechados, mas quando olhei a minha volta eu só via uma linha que dividia o branco da neve e o cinza do céu. Sentia os flocos de neve em minha pele.
Eu estava perdida, não sabia como havia chegado lá. Apesar disso, eu estava em paz, era tranquilo e muito quieto - era tudo o que eu precisava naquele momento.

Quando eu menos esperava avistei uma coisa alaranjada bem de longe no horizonte. Ela se aproximou e pude perceber que era uma raposa. Era um dos animais mais bonitos que eu já havia visto em toda minha vida. Fiquei parada exatamente onde estava, sentada na neve toda agasalhada.

A raposa ficou sentada ali por alguns minutos - pelo menos foi o que eu percebi. Logo minha amiga distante saiu e sumiu no horizonte. Tentei, do mesmo lugar, olhar pra outras direções a procura de um caminho. No fundo eu não queria sair dali, pois aquele lugar havia me dado paz e eu pude respirar e me aliviar das coisas que eu passava em minha vida.

Não demorou muito a raposa estava de volta no mesmo local. Ela ficou me encarando e eu não consegui desviar o olhar. Senti uma felicidade misturada de medo, pois não sabia o que ela poderia fazer comigo. Algum tempo depois aparece uma outra raposa que parecia ser menor que a anterior e atrás dela podia ver que tinham cinco pequenas raposinhas.

Quatro delas ficaram brincando perto das raposas maiores e uma delas veio em minha direção. Tão pequena e tão fofa. Ela rodeou e farejou-me. Não fiz nenhum movimento, apenas observei enquanto ela fazia seu rito de reconhecimento. Ela sentou em minha frente e me fitou intensamente. Fiquei vidrada e esqueci-me das outras raposas, agora só existia aquela.

A raposinha subiu no meu colo, rodou, rodou, encontrou a posição perfeita e então deitou em minhas pernas. Fechou os olhos e dormiu. Só então ousei a acariciar sua pequena cabeça. E por um momento eu pensei tê-la visto sorrir de olhos fechados.

Olhei para o horizonte e vi aquela família de raposa se levantar e ir embora após ver que seu bebê estava tranquilo. Eles sumiram do meu campo de visão, voltei meus olhos pra minha nova amiguinha. Joguei meu corpo pra trás com todo cuidado para não acordá-la. Fechei meus olhos... pude respirar.

Ano passado enquanto olhava coisas aleatórias na internet comecei a ter uma ideia de gravar vídeos durante um ano e poder fazer uma compilação em um vídeo pequeno de como é meu dia a dia. Então comecei a gravar coisas aleatórias com meu celular "novo" (na época) e achei que a resolução dele dava pra fazer uns vídeos com qualidade razoável.
Por várias vezes no ano pensei em desistir e falar "nossa, mas isso não vai dar certo" "isso vai ficar uma merda" e etc. Mas um belo dia parei de fazer as filmagens, os dias se passaram e eu levantei e falei "toma vergonha na cara e faz essa coisa logo e para de enrolar". Enrolei por muito tempo por motivos de: trabalho com edição de vídeo, então, pra mim, ter que abrir o programa é sinal de coisa chata e obrigações de vídeos de casamento - que é um pouco chato de editar.

Resolvi editar hoje e fiquei muito contente com o resultado, não esperava que ficasse do jeito que ficou e já quero pensar em algum projeto de vídeo novo pra fazer.

Agora vou parar de encher linguiça e deixar o link pra vocês assistirem: