CUIDADO:
Haverá spoiler!!!
O livro conta a história de uma família que se muda por causa da II Guerra, em busca de um lugar mais tranquilo. A família Carver é composta pelo pai Maximillian, a mãe é a Andrea e os três filhos: Irina a mais nova, Max o do meio e a mais velha Alicia.
O pai de Max é relojoeiro, então ele meio que tem uma fascinação por relógios e ao chegar na estação de metrô da cidade ele vê que tem algo de errado com o relógio. Ele anda pra trás e pensa que estava imaginando coisas.
Aparece um gato preto que a irmãzinha de Max fica encantada e resolve adota-lo, mas Alicia não gosta da ideia e reclama com os pais, porém Irina quer muito o felino. Max ao explorar a casa antiga dos Fleischmann encontra filmes caseiros e coisas estranhas acontecem. Alicia reclama de algo no quarto dela, algo haver com gato, mas ninguém dá atenção devida, se não Max.
O pai de Max conserta uma bicicleta e dá pra o menino andar. Ele anda pela cidade e faz amizade com Roland que é neto de Víctor Kray que é um sobrevivente de um navio chamado Orpheus que naufragou. E por trás dessa história há muitas coisas não ditas.
[SPOILERS]
Roland convida Max para mergulhar e o menino leva a irmã Alicia. Roland e Alicia se apaixonam. Max conta para Roland do jardim de estátuas que tem perto da sua casa e as coisas estranhas que aconteceram. E como as coisas se ligavam com as histórias que ele já havia escutado na cidade e de seu avô. Um dia Roland resolveu apresenta-los ao seu avô que resolveu contar toda a verdade, sobre a casa que eles moravam.
Víctor Kray contou sobre ter conhecido um tal de dr. Cain que era só pedir as coisas pra ele e elas aconteciam, mas tudo isso tinha um preço. Um amigo dele havia pedido ajuda para que o pai dele recuperasse o emprego já que tinha uma família grande para sustentar, só que um belo dia esse amigo nunca mais foi visto. Anos mais tarde quando Víctor Kray havia começado a estudar pra engenharia, conheceu um rapaz chamado Richard Fleischmann que estudava medicina e vinha de família muito rica. Os dois se tornaram muito amigos e conheceram uma moça chamada Eva Gray que logo se apaixonaram. Enquanto ela não decidia com quem ficar os dois mantinham uma amizade. Só que a inesperada visita de dr. Cain para o médico Richard Fleischmann fez com que ele firmasse um contrato, e o pedido dele era o amor de Eva Gray. Eles logo se casaram. Não convidaram Víctor nem pra cerimônia e simplesmente sumiram. Anos depois Fleischmann apareceu desesperado atrás de Víctor Kray, pois sabia que ele era o único que poderia ajuda-lo. Ele contou sobre o pacto e disse que em troca daria o seu primeiro filho.
Por muito tempo o médico dava algo a Eva pra ela não engravidar, mas o casamento deles foi enfraquecendo e com brigas porque ela queria ter um filho, mas não conseguia. Então quando Fleischmann soube do Orpheus ter afundado junto com dr. Cain, ele acho que estaria livre da maldição e que poderia ter seu filho em paz. Mas ele se enganou, porque Cain ainda estava por lá, ou seja, iria pegar Jacob o primogênito dele.
Essa foi a história que o velho Víctor contou para os três. Max não ficou convencido, mas mesmo assim engoliu. Um dia que havia dormido demais encontrou um bilhete de Alicia na mesa da sala de jantar de que tinha ido para a praia com Roland. O menino resolveu ir até lá encontrá-los, porém quando chegou lá viu que os dois estavam tendo o tempo deles e que se ele aparecesse estaria atrapalhando. Então deu meia volta e resolveu dar uma volta pela cidade e pensou em passar no cemitério e procurar pelo túmulo de Jacob Fleischmann.
Chegando ao mausoléu do Jacob ele viu que um anjo, andava pelo teto e apontava pra ele com cara diabólica. Ele olhou as horas no relógio que o pai dele havia lhe dado, mas aquela situação fez com que ele corresse, deixando o relógio cair, ele simplesmente pegou a bicicleta e correu até que estivesse há 100 metros de distância do cemitério. Foi atrás do Víctor Kray e falou que sabia que tinha algo errado com a história e que ele não tinha contado toda a verdade. O senhor falou para o garoto ficar longe daquela história e do neto dele e mandou o garoto ir pra casa.
No outro dia eles foram até a praia e Roland apareceu com um barco que ele nomeou de Orpheus II e falou que levaria os irmãos para mergulhar. Alicia aceitou na hora. Eles mergulharam e quando decidiram voltar ao barco, que Max havia ficado lá esperando, Roland viu algo na água se mexendo, parecia um tubarão, mas não era... e essa coisa puxou ele, mas ele conseguiu com que Alicia ficasse a salvo. Porém Max decidiu salvar seu amigo. Ele mergulhou e tirou Roland de lá. Os irmãos levaram o menino até a areia e pressionaram seu tórax forçando a água sair dos pulmões e Alicia fez respiração boca a boca para que ele voltasse a vida. Eles conseguiram, mas Roland ainda assim não estava muio consciente. Foram para a cabana de Roland e dormiram. Max acordou e foi até a casa de praia deles e precisava saber mais sobre aquela situação, algo não se encaixava. Resolveu assistir mais um dos filmes caseiros e descobriu que na verdade Roland não era Roland e sim Jacob Fleischmann.
Víctor Kray apareceu procurando neto, mas Max exigiu que ele contasse a verdade. Então ele contou que na verdade, Richard Fleischmann já previa o que aconteceria, o Jacob havia sido afogado, mas o pai dele decidiu que daria a vida dele em troca da vida do filho. Então misteriosamente Jacob acorda sem se lembrar de nada. Então Víctor Kray, a pedido de Eva Kray, cuidou de Roland como se fosse seu neto. E por isso sempre vigiava do Farol, para que nada de ruim pudesse acontecer. Após Víctor contar toda a história Max percebeu que eles só perderam tempo e que deveriam ir atrás de Roland e Alicia.
Mas Cain já tinha levado Alicia até o Orpheus. Max viu Roland entrando na água, tentou convencê-lo sem sucesso de que ficasse lá. Entretanto Roland precisava salvar Alicia. Então ele continuou entrando no mar e foi até o navio e Max atrás dele. Max tentou enrolar o máximo possível Cain com várias perguntas até que Roland achasse Alicia e os dois conseguissem se salvar, mas eles ouviram a voz de Roland procurando por Alicia. Cain foi atrás de Roland e fez um trato com ele de que se ele salvasse Alicia, ele teria que morrer. O menino concordou.
E foi nessa parte que eu me emocionei, meu deus, eu chorei!
Roland tenta abrir a porta pra tirar Alicia lá de dentro, mas tudo fica escuro porque o navio estava afundando novamente. Quando ele consegue entrar ele a abraça e tenta tirá-la de lá, apesar dela estar lutando. Então um trecho do livro:
"Roland segurou seu rosto e fez com que Alicia olhasse para ele. Seus olhares se uniram nas profundezas e ela compreendeu imediatamente o que ele queria fazer. Alicia negou com a cabeça, tentando afastar Roland de si. Ele indicou seu tornozelo preso pelo abraço mortal das vigas metálicas do teto. Alicia nadou até a vida naquela água gelada e lutou para libertar Roland. Os dois trocaram um olhar desesperado. Nada nem ninguém conseguiria mover as toneladas de aço que prendiam Roland. Alicia nadou de volta para perto dele e abraçou-o, sentindo como se sua própria consciência se desvanecesse por falta de ar. Sem esperar nem mais um instante, Roland tomou o rosto de Alicia e, pousando os lábios sobre os dela, soprou em sua boca o ar que tinha guardado para ela, tal como Cain tinha previsto desde o início. Alicia aspirou o ar de seus lábios e apertou com força as mãos de Roland, unida a ele por aquele beijo de salvação."
Alicia saiu da água e Max correu em direção a menina e abraçou. Víctor Kray começou a gritar desesperadamente "Onde está meu neto?" e Max só disse com lágrimas nos olhos que ele não voltaria. Irina e os pais dele voltaram do hospital - Irina havia sofrido um acidente por causa do gato -, os pais perceberam que havia algo de errado, mas que pelo olhar não era algo que eles queriam falar, era algo que foi deixado pra lá. Víctor Kray resolveu sair da cidade e deixou a chave do Farol com Max. O menino virou o novo guardião do lugar. Ele e Alicia também perderam se afastaram novamente.
[/SPOILER]
Fim do livro. MEU DEUS! Sério, o trecho que eu coloquei não tem nada demais e é clichê, o mocinho salvar a mocinha, mas cara, as palavras que o Zafón colocou, MEU DEUS!, como não amar e se emocionar? Os livros dele sempre me deixam em estado de choque ou sei lá. Algo como se eu perdesse o fôlego, ou sei lá... não sei descrever a emoção pós-Zafón. Mas é uma sensação maravilhosa que me dá vontade de escrever. Enfim, espero que quem tenha lido tenha gostado também.
