nothing is gonna change my world: junho 2015

Como o TOC te faz sentir

Antes eu não entendia muito bem o conceito do que é o TOC (Transtorno Compulsivo Obsessivo) , pelo simples fato das pessoas distorcerem o transtorno em algo de senso comum, como uma mania.

O TOC é muito mais do que manias de limpeza, organização, contagens (as mais comuns de serem reconhecidas como TOC). É incontrolável e inevitável e te corrói por dentro, te consome aos poucos. Sua cabeça ferve, pois você se preocupa com as mil e uma bactérias ruins que penetrarão todo o seu corpo, cada célula e você pode morrer por casa disso, além de se preocupar, você as sente andando, se multiplicando e rindo de você (Bactérias riem? As minhas sim).

Você se preocupa em conferir se fechou as portas e janelas, porque talvez alguém possa entrar e te matar (ou a sua família) enquanto dorme. Talvez o gás da cozinha te mate por intoxicação.

Você limpa as coisas, não só porque gosta delas arrumadas e limpas, mas porque se você não fizer isso, além das bactérias, haverá fungos e você poderá contrair vários tipos de doença e morrer. Ou então, você começa colecionar coisas que não precisa, mas acha que um dia precisará, você as têm sem necessidade, mas sim pelo “Just in case”.

Imagine viver assim todos os dias? Se preocupando demais... Qualquer coisa é o fim, uma paranóia desnecessária que acaba com o psicológico, físico e social. Se preocupa demais com as pequenas coisas com as que não deve e não consegue fazer as coisas que importam. E então vem o medo de perder amigos, família e emprego.

E então, em algum ponto miserável da vida, você para de se importar com essas coisas e só se fixa nas pequenas e perde sua vida.

"Ter TOC é uma merda"

Tinha que colocar uma foto que desse uma leveza ao texto, talvez tenha ficado um pouco pesado pra algumas pessoas, porque a maioria dos textos não mostram como é ter, apenas falam o que é. E não ligo que digam "eu tenho TOC" mesmo sendo uma mania, o que quero mostrar é que é importante reconhecer que isso existe, o transtorno é real e não deve ser menosprezado como apenas uma mania.

No comentários

, by Pamela Nantes

Ansiedade

Minha experiência com clonazepam

Conheço várias pessoas que já tomaram ou tomam este remédio e cada um me diz uma coisa sobre ele, sobre como funciona. Acredito que em cada pessoa agirá de uma maneira, porque cada um tem o seu próprio metabolismo, cada corpo é diferente, nesse sentido, ninguém é igual a ninguém.

Ultimamente não tenho dormido muito bem, cada vez que você se torna mais responsável pelas coisas, mais preocupações, mais cheia sua cabeça fica e você acha que precisa resolver todas essas coisas de imediato – assunto para um próximo post. Na verdade, a maioria das coisas que achamos que precisamos resolver logo, elas podem esperar.

Cada vez menos dormimos mal por causa das nossas ansiedades e isso ta gerando pessoas que dormem mal, pessoas com insônias e assim por diante. Não é uma crítica a ninguém, não estou julgando ninguém. Até porque entrei pras estatísticas da pílula mágica que nos faz dormir como um bebê – talvez essa frase até faça algum sentido, não é mesmo? Já que falei que a cada vez que envelhecemos mais responsabilidades e mais preocupações. A única preocupação do bebê são as necessidades fisiológicas e alimentação.

Agora sem enrolar mais, como foi a minha experiência.

Essas semanas eu não estava dormindo bem, talvez ansiedade e coisas na cabeça. Tenho apenas 21 anos e não tenho nenhuma graduação, mas eu trabalho com edição e filmagem, cuido do meu cachorro e atualmente moro com meu avô. E as pessoas sempre me perguntam quando eu falo que to estressada “mas estresse de que? Sua vida é boa, não tem por quê ficar estressada”.

Já dito, cada uma tem um corpo e uma mente e sabe o que pode agüentar sim ou não. Cada um sabe das suas coisas. Por exemplo, se um dia eu acordo muito cedo, mas não faço praticamente nada durante o dia todo de noite eu não vou conseguir dormir, vou virar de um lado para o outro e vou demorar eternamente até que o dormir tome conta de mim. E isso pode ser um inferno, não ser capaz de deitar no travesseiro e dormir em no máximo 20 minutos. Muitos culpam os computadores e smartphones que nos deixam com insônia. Não dou crédito e nem descrétido a isso. Porém na maioria das vezes que tento dormir eu coloco um seriado no volume “inaudível” só pra ter uma luzinha e eu não me sentir sozinha – porque tenho um pequeno problema com o escuro total, acho que já fiz algum post sobre paranóia aqui – e quanto ao celular deixo jogado. Quando eu realmente estou tentando dormir se ele vibra eu deixo lá quieto, no máximo olho e tiro para que a luz pare de piscar. E assim, eventualmente, a pessoa percebe que não respondi porque há a possibilidade de que eu esteja dormindo. É um inferno tentar dormir e conseguir só uma hora depois, vocês não acham? Eu não gosto da idéia de precisar de um remédio pra dormir, ou pra qualquer coisa. Remédios fazem mal para o nosso organismo e podem viciar também.

Pois é, esses dias infernais não conseguindo dormir, com cabeça cheia, cansei e decidi tomar o comprimido milagroso. Por volta das 23 horas eu tomei um comprimido, deitei e fiquei mexendo no celular. Enquanto eu mexia meus olhos iam fechando e eu ainda tentei lutar contra. Teve uma hora que eu não agüentei mais, precisava dormir. Larguei de lado e fechei os olhos e pensei “vamos ver o quão bom isso é”. Cara, não sei o que aconteceu, mas creio que não levou muito tempo e eu tava desmaiada na cama. Sem pensamentos para me atormentar, sem demoras, simplesmente apaguei e... dormi como um bebê. Acordei por volta das 11h só pra ver se eu teria que ir trabalhar ou não. Não vi nenhuma mensagem do meu chefe e puff, voltei a dormir, como se eu fosse um cachorro – que é uma qualidade muito admirável deles. Dormem em qualquer lugar, em qualquer hora.

Depois só acordei as 17:49 pra ser bem exata. Levantei, mas tinha um ímã na minha cama que queria que eu ficasse presa, com certeza... porque na hora de levantar eu precisa me escorar nas coisas pra andar. Não senti fome, mas comi mesmo assim, né?! Muito tempo sem comer nada poderia fazer mal, ainda mais após a ingestão do remédio. Comi deitada na cama, quase morrendo porque eu queria estar dormindo.

Coloquei o meu filme favorito pra assistir – O fabuloso destino de Amélie Poulain, lembro de estar deitada e pá, era a parte que ela ajuda o cego a atravessar a rua, resolvi filmar e mandar pra um amigo que também é fã do filme e aquela é a cena favorita dele. Depois dormi de novo e acordei com minha mãe me ligando. Creio que se ela não tivesse me ligado eu estaria dormindo até agora, porque estou com muito sono ainda.

O mais engraçado é que você perde a noção do tempo e espaço. Pra mim é como se eu tivesse dormido algumas horinhas apenas num domingo a tarde de acordei no domingo a noite. Pra mim hoje ainda é domingo e não a madrugada de segunda, ou terça, como preferir.

Enquanto escrevo, meus olhos estão fechando e fechados por poucos segundos. Talvez o texto tenha muitos erros por isso, então peço desculpas.

Agora, para finalizar, se eu recomendo o remédio? Sim, por que não? Mas isso é entre você e seu médico. Não vamos usar como se fosse água ou “ah, hoje eu não to conseguindo dormir, vou tomar”. Por favor, né?! Só em casos extremos mesmo. Sempre com acompanhamento médico.

2 comentários

, by Pamela Nantes

Amizade

A internet tornou-se um lugar de ódio

Nos foi informado que a derivação da internet vem da época das grandes guerras para que houvesse comunicação rápida entre os militares. Começou com um intuito bom e com a tecnologia aprimorando cada vez mais, passou a ser utilizada como entretenimento. Uma ferramenta que vem tornando possível a globalização. É muito mais fácil você se comunicar, trocar ideias sobre qualquer coisa de outras culturas, outros países, conhecer pessoas novas que estão a quilômetros de distância.

Era mágico no começo - óbvio que não tenho como comprovar isso-, mas pelo o que eu lembro da época dos bate-papos UOL, orkut e o começo do facebook e twitter as pessoas se respeitavam e não via tanto comentário odioso por aí. De uns tempos pra cá só se vê as pessoas xingando umas as outras como se não houvesse amanhã. Pessoas deixando de serem amigas porque um não concorda com o outro. Pessoas intolerantes.

Não gosto de pessoas intolerantes, o que não quer dizer que eu vou deixar de tratá-las com respeito e educação, porque acredito fortemente que cada um tem o direito de opinião e liberdade de expressão. O que abre uma porta de paradoxo grande, porque se a pessoa tem um pensamento intolerante sobre X assunto e quer comentar sobre ele (por ter liberdade de expressão) e caso ela deseja falar o pensamento negativo que ela tem sobre esse X assunto, pode se tornar um discurso de ódio o que gera algumas brigas, porque a parte X pode se ofender com isso.

Por exemplo, eu vejo muitas coisas desagradáveis que postam no Facebook todos os dias, coisas que não concordo, mas não chego no post da pessoa e começo a falar coisas pra ofendê-las gratuitamente pelo o que elas pensam. Se eu chegar a comentar algo, eu vou tentar ser neutra mais que eu puder, mas mostrando o meu ponto de vista, sem ofender, sabe?!

Falta respeito de ambas as partes, da vítima (que se sentiu ofendido) e do agressor verbal. Ninguém é obrigado a gostar do que você gosta ou pensar do jeito que você pensa, por isso você deveria respeitar o pensamento dos outros e os outros deveriam respeitar o seu pensamento. Sempre que eu me pego pensando ou julgando alguém eu faço uma parada e penso "cada um que cuide da sua vida", eu não tenho nada a ver com a vida dela, não sei os motivos dela pensar daquele jeito. Até porque seria bem chato um mundo em que todas as pessoas pensassem igual.

O que eu gostaria de entender é o que a pessoa ganha odiando outra pessoa e porque ela sente a necessidade de expor isso para o mundo e para a pessoa? Por que as pessoas sentem o prazer de expor o ódio, mas o amor nunca? Por que quando a pessoa gosta de outra ela não pode expressar isso abertamente sem ser julgada como se fosse fraco? O mundo seria melhor se as pessoas fossem amigáveis e educadas com as outras, mesmo não gostando do que a pessoa faz ou deixa de fazer, apenas respeitando-a.

No facebook os principais temas tem sido: posicionamento político, religião, estilo musical, manifestos a favor das minorias e o mais idiota... livros de colorir (até isso as pessoas querem demonstrar ódio). No twitter, pelo menos as pessoas que eu sigo, tem sido um lugar pacífico. No máximo é pessoas chorando pitangas sobre a própria vida, sobre a própria merda e não falando dos outros. Não vou falar do YouTube porque o que tem gente se agredindo ali, meu deus! Qual a necessidade? Pra que tanto ódio? Principalmente as pessoas que fazem vlog... amiguinhos, se vocês não gostam da pessoa não precisa assistir um vídeo dela e comentar ruindades é só não assistir e nem abrir o canal.

Veja bem, concordo com você se você deseja se expressar sobre algo que a pessoa tenha feito e que você não gostou, mas acho que não há necessidade de chamar a pessoa de merda ou qualquer outra coisa, sem motivos nenhum. Se tiver um motivo, precisa mesmo chegar ao ponto de xingar? Porque não pega o tal argumento que a pessoa usou que você não gostou e explica o porquê você não concorda com ela, mas sem xingar?! Sabe, do mesmo jeito que você tem a sua opinião sobre tal assunto a pessoa tem o dela, sendo uma visão babaca ou não (porque isso é bem relativo também).

A conclusão disso é: vamos nos respeitar? Vamos respeitar as diferenças e tentar ser cabeça aberta para ouvir a opinião e quando formos opinar, que não seja de forma agressiva, que seja uma discussão saudável, sem ninguém se magoar, ainda mais se for com amigos ou familiares.