Quem poderia imaginar que isso algum dia se tornaria realidade? Paula nunca imaginou que sua vida seria assim, que encontraria alguém tão igual e tão diferente ao mesmo tempo e que a fizesse extremamente feliz.

Ela pensa no que poderia escrever, sobre qualquer coisa, nada surgia a sua mente. Estava determinada a escrever há um bom tempo, e nenhuma ideia aparecia. Decidiu então escrever sobre qualquer coisa, desde que digitasse algo e saísse letrinhas em sua tela.

Olhou a sua volta e percebeu que poderia escrever sobre o seu companheiro que estava dormindo as dez da manhã, pois teve que passar a noite toda fora e só chegou pela manhã. Viu também o seu cachorrinho dormindo ao lado da cama de seu amor e ficava apaixonada pela cena, só faltou o gatinho do casal para completar a visão perfeita.

Paula estava em êxtase por estar vivendo tudo aquilo, apesar do trabalho não estar tão bem quando pensou que estaria e estar à toa por esses dias. Aquela cena a tranquilizava tanto, saber que tem aqueles amores tão pertinho. Ela sabia que não precisava de muito mais do que aquelas pessoinhas para ser feliz. Decidiu descansar.

Paula passou o dia na Universidade e ao fim da tarde reencontrou amigos. Eles conversaram sobre coisas variadas. A cada minuto que passava, ela sentia-se cansada cada vez mais. Em um momento ela disse que pensava em ir embora, mas um de seus amigos disse que queria comer algo, então ela acompanhou os amigos e conversou por mais um tempo. Paula gostava da companhia deles, só que aquela semana estava sendo bastante cansativa para ela.



Por fim, ela decidiu ir, pois suas energias esvaíram-se. Despediu-se dos amigos, entrou no ônibus e pegou o celular para ouvir músicas, de modo que o trajeto ficaria menos tedioso e passaria mais rápido. Contudo, a bateria do celular também estava descarregada. "Ah! Que merda! Agora vou ter que ficar assim, sem ter o que fazer. Tenho que ver as mesmas coisas, sem uma música pra poder filosofar sobre a vida... não tenho nada. Deveria ter trazido um livro!", pensou a moça.

Um rapaz fez sinal para que o ônibus parasse, Paula, ao olhar rapidamente, sentiu que o conhecia. Sim! Ela o conhecia! Era Rafael, seu amigo, que há tempo não o via. Ela ficou extremamente feliz em vê-lo. Ele ia passar direto, mas ela quase dançou no meio do ônibus para ele não passar por ela sem dizer "Oi" ou algo do tipo. A reação dos dois foi de um abraço desajeitado por ela estar "meio sentada" e "meio em pé" e ele com jaleco na mão e a bolsa nas costas.

Paula esqueceu-se do cansaço que sentia, se empolgou e abraçou o rapaz várias vezes. Realmente estava felicíssima por revê-lo. Eles conversaram sobre o vestibular e a faculdade, que agora, eles tinham mais isso em comum.

Quando ela chegou em casa percebeu que ele conseguiu recarregar um pouco da energia que ela havia perdido. E pensou se tivesse ido embora antes, quando ela pensou em ir, ela não teria o encontrado. Refletiu um pouco no Efeito Borboleta e riu da viagem que fez.

Mandou mensagem dizendo o quão feliz estava por tê-lo visto. Ele respondeu com um "Talvez dois introvertidos, quando conversam, recarreguem as energias um do outro. Porque eu estava extremamente cansado também". Ela gostou muito da teoria do rapaz. Sorriu e simplesmente regozijou por ter uma amizade tão especial com alguém.

Estava com vontade de escrever, mas como usual, não sabia o que escrever. Pensei em continuar a história que tenho escrito, mas então eu tive um surto de nostalgia - posso chamar assim? - então decidi escrever sobre a minha viagem com meus amigos.

Julho, 2013.

Havia acabado de chegar do Shopping com a minha mãe e me arrumei correndo porque a qualquer momento Higor e Gabriel chegariam para me buscar. Enquanto eu me arrumava eu comia um misto quente e tomava leite com toddy. Arrumei minhas coisas muito rápido também. Antes de irmos para Domingos Martins nos "encontramos" com Nelson, Rafa, Tobias e Thiago para que chegássemos juntos e podessemos encontrar com Júlio e a Jess no caminho.
Fizemos uma parada rápida, lá encontramos finalmente o Júlio e a Jess. Foi engraçado porque o Tobias resolveu ir ao banheiro e demorou uma eternidade o que deu motivo pra galera - zoeira - zoar.

Chegamos a Domingos Martins e já houve revolta. Pois o Nelson achou um lugar para estacionar que não tinha vaga nem para o Higor e para o Júlio, então procuramos outro lugar e que teria espaço para um terceiro carro. "Traição" foi a palavra usada pelo Júlio para descrever o que o Nelson fez. Mas devo dizer, o jeito que o Júlio falou foi muito engraçado.

O lugar estava cheio porque estava tendo Festival de Inverno. Passamos perto da multidão de pessoas na praça, mas achamos um lugar para sentar enquanto conversávamos coisas aleatórias e até mesmo sobre a traição do Nelson, até que eles chegassem. Quando vimos que eles estavam chegando alguém agitou de "quando eles estiverem chegando perto nós saímos e cada um vai para um lado". Foi o que fizemos, cada um foi para um lado, eles só olharam, riram e sentaram no banco. Voltamos e aí começaram a falar sobre a "traição".

Depois resolvemos dar uma volta na cidade (o que não é difícil) já que é bem pequena e muito bonita por sinal. E nesse momento eu me aproximei da Jess, já que ela era uma das únicas meninas que tinha lá (pois a Rafa estava com o Nelson). Começamos a conversar sobre as coisas da vida, e descobrimos o quanto nós éramos (somos) parecidas, as coisas que passamos, não sentia aquela conexão com alguém há muitos anos. Alguns foram tomar açaí e outros (eu estava no meio) foram dar mais uma volta.

Tobias e a Jess levaram bebida para Domingos Martins, então Tobias começou a agitar para que a galera bebesse. E ninguém queria beber com ele, senão a Jess - que ficou um pouco relutante, já que ninguém mais iria beber. Todos ficaram revoltados com as coisas que Tobias disse - que pra falar a verdade eu não me lembro mais o que era exatamente. Decidimos ir comer alguma coisa.

Chegamos em um lugar que tem vários lugares para comer e escolhemos um lugar que tinha uns lanches enormes e não era caro. Comemos, lembro bem que ficamos falando de jogos e houve discussão entre League of Legends e Dota, de qual era melhor e pior. Lembro-me muito bem do Gabriel de gracinha com os garçons - como ele sempre faz. Ah é, isso me recorda de que falamos que ele tem jeito de gay e que a maioria acho que ele fosse quando viu ele pela primeira vez.

Acabamos e depois fomos à outra praça mais escondida. Havia pouquíssimas pessoas. Falamos sobre as casas de lá serem bonitas, Tobias e Jess começaram a beber e discutimos sobre o Togemon. Gabriel e Tobias numa disputa, porque Tobias dizia que o Togemon era criativo, "Um cacto com luvas de boxe, é muito criativo, cara!", enquanto o Gabriel negava e nós nos divertíamos com a cena. Lembro que tinha um garoto andando de skate e os meninos ficaram zoando por conta da calça que ele usava que era mais apertada do que a calça que as meninas usavam.

Decidimos voltar pra praça principal porque logo começaria o show do Ivan Lins. O mais engraçado é que o Júlio divulgou o evento como se ele conhecesse todas as músicas do cara e fosse fã, mas quando estávamos lá a pergunta foi "Quem diabos é Ivan Lins?". O melhor comentário "ele deve passar em novelas e com certeza as nossas tias e avós sabem que ele é". Então ficamos no meio da multidão e o show já tinha começado. Mas quem é meu leito assíduo sabe o quanto eu amo estar com muita gente, né?! Pois é, não. Então chamei a Jess para ir para um lugar mais vazio - o que seria, na verdade, menos cheio - fomos comprar chocolate. Eu realmente apreciava a companhia dela como se fossemos amigas há muitos anos.

Voltamos para o meio da multidão pra perto dos meninos e o mais engraçado é que chegou uma música que eles repetiam só uma parte, se não me engano era algo como "Já está chegando a hora"... não ficamos lá por muito tempo, resolvemos ir para a praça novamente. Sentamos nos degraus da igreja que tem lá.

A essa altura Jess e Tobias estavam bebendo vinho e já estavam um pouco alterados. Tobias derrubou vinho na blusa de Picoreti o que foi engraçado, mas acho que Júlio não ficou muito feliz com isso não. Ele foi no carro tirou a blusa e usou a de frio dele - sorte que o clima de Domingos Martins ser fresco. Falamos sobre muitas coisas e estavamos cansados também. Teve uma hora que a Jess resolveu ir ao banheiro e pediram para que eu a acompanhasse.

Nos aproximamos da fila - que estava enorme! - vimos uma mulher que já estava em um nível além de bêbada que estava dançando e cantando loucamente na fila. Todas as mulheres estavam rindo dela e ela não dava a mínima. A amiga dela também ria e talvez sentisse um pouco de vergonha alheia, mas não mandava ela parar não. Levou um tempão até que conseguíssemos entrar no banheiro.

Havia um fato muito engraçado que era do Higor sumir no meio da multidão e aparecer do nada também. A Jess brincava que ele estava caçando. Nessa altura eu tava me entupindo de chocolate e tirando fotos com os amiguinhos. Começamos a ouvir uns barulhos diferentes, digo, um som de música bom. Fomos atrás para saber de onde vinha e achamos um mini palco, chamamos os outros para ouvir também. Curtimos por pouco tempo aquele rockzinho e logo se transformou em blues (o que não foi ruim, só não é um estilo que ouço, mas foi agradável). Logo depois a Rafa e o Nelson foram para o hotel e nós (eu, Jess, Biel, Júlio, Higor, Thiago e Tobias) ficamos.

A cada hora que passava tinha menos gente. O que mais nos divertiu foi ver os casais de velhos dançando e como víamos o quanto eles tinham disposição. Alguém até soltou que sentia inveja da disposição, mas não me recordo quem foi. Quando o lugar estava quase vazio, nos sentamos. Biel comprou café pra mim e pra Jess, para que nos mantivéssemos acordados, já que decidimos virar a noite. Se não me engano já eram quase três da manhã. Conversamos e decidimos que os motoristas deveriam descansar um pouco.

Nós ficamos no estacionamento de um hospital que tem na cidade, tinha até uma barraca de acampamento lá. Sentamos na calçada e ficamos conversando. Júlio foi para o carro cochilar um pouco. Depois eu decidi que iria também porque não estava aguentando e o Higor apareceu depois.

Deu umas cinco horas ou seis, não me lembro, mas ouvi barulho de vassoura sendo arrastada contra o chão. Eu levantei e vi que o Júlio tinha acordado também. Ele saiu do carro com uma manta (?) estava engraçado. E nos perguntamos que diabos uma mulher estava fazendo ali, varrendo aquela hora. Se não me engano Júlio até brincou com ela, mas ela permaneceu séria e fazia o trabalho. Nos demos conta de que Gabriel, Jess e Thiago haviam sumido - Tobias estava no carro do Júlio dormindo. Uns minutos depois achamos a Jess e o Biel.

Decidimos dar um rolê pela cidade enquanto Higor e Tobias dormiam. Enquanto descíamos o morro os meninos disseram que viram algo suspeito, como um cara que parecia morto em um carro, se minha memória não é falha. Porém continuamos nossa ida à praça. Nós estávamos exaustos, apesar de termos (eu e Júlio) dormido um pouco e nem se fala nos outros três que não dormiram nada. Lá todo mundo acorda muito cedo. A cidade já tinha bastante gente apesar de cedo. Ficamos deitados em um palco que tinha lá. Logo andamos pela cidade e vimos uma padaria aberta, sentimos fome. Resolvemos esperar mais um pouco para acordar os outros para tomarmos café.

Ao subir o morro alguém nos grita "Hey, vocês viram uma pessoa aqui?", nos entreolhamos e alguém disse que não e o rapaz agradeceu. Como assim, vocês viram uma pessoa? Nós vimos várias pessoas, mas ele não descreveu nada. Alguém disse "que estranho, cara! Que lugar estranho. Primeiro a gente vê um cara que parece morto no carro e agora essa pessoa pergunta isso, muito estranho", que a propósito não vimos o carro de novo depois. Higor já estava acordado depois acordamos o Tobias, o pessoal ficou zoando ele de alguma forma, mas não lembro. Acho que teve alguma coisa com biscoitos sendo jogados.

Tomamos nosso café da manhã de boa e foi bastante agradável e cômico. Pois alguém criticou - se não estou errada - o Tobias por comer coxinha frita e tomar refrigerante pela manhã e ele "revidar" com algo do tipo "eu como o que eu quiser na hora que eu quiser". Nós lotamos a padaria que era bem pequena. Papeamos um pouco lá e depois saímos já que não tinha muito espaço lá. Voltamos para a praça e esperamos o Nelson e a Rafa. Eu e a Jess demos uma volta na praça e admiramos o lugar.

Então a hora de ir chegou. Passamos em Vista Linda antes de irmos para casa. A coisa mais engraçada de voltar para casa foi o Gabriel cantando e dançado Show das Poderosas no carro e ele fez isso gritando na estrada para que o Júlio e a Jess ouvissem e o vissem. Enfim foi isso.


Me senti extremamente nostálgica ao escrever essa história e enquanto escrevia eu ri bastante ao lembrar das coisas. Posso dizer que amo estar com essas pessoas. E me perdoem se não pude ser fiel, mas pra mim é difícil lembrar das coisas e sem contar que cada um viu a situação de uma forma. De qualquer maneira, se algum de vocês da viagem ler, obrigada pela momento, vocês são demais!

Tobias e Higor

Jess, eu e Biel de fundo

Julinho, Jess e eu.

Biel e Jess. Júlio, Tobias e Higor ao fundo.

Biel, Júlio, Higor, Tobias, cabelo do Thiago e cabeça da Jess

Jess e eu

Tobias, Júlio, Thiago e Jess

Júlio, Jess e uma parte do Thiago

Júlio, Biel, Jess e Thiago

Biel, Jess, Tobias e Júlio

Eu, Thiago, Biel e Higor

Eu, Thiago, Biel, Jess, Higor e Tobias

Eu e Jess

Praça de Domingo Martins

Rafa, Nelson, Eu, Higor, Biel, Tobias, Júlio, Jess e Thiago

Tobias, Higor, Jess, Bruno, Rafa, Thiago, Caio, Biel, eu e Júlio

Tobias, Higor, Jess, Bruno, Rafa, Nelson, Thiago, Caio, Biel, eu e Júlio

Rafa, Nelson, eu, Higor, Biel, Tobias, Júlio, Jess e Thiago

Agora em adicional uma lista de coisas (que eu vou comentar algumas) que o Biel fez após a viagem:



1) Acreditávamos mais no Tobias do que no Papai Noel.
2) Virar a noite na frente do Hospital é completamente normal.
3) Tobias tem medo de barrancos e encostas.
3) Não se pesca peixe com ração de cachorro.
4) Nunca peça para a banda tocar Monalisa do Jorge Vercillo.
5) Se pedir uma banda para tocar Monalisa, eles vão chamar uma mulher com o nome de Monalisa, e ela vai cantar mal...
6) As melhores cantoras ficam pro final.
7) Festival de invernos é o evento que tem as mais lindas ruivas (perdeu Vitor Caliari)
8) Higor tá aprendendo a caçar ainda... ashahshasash
9) Tenho cara (Gabriel) de safado que não presta. (isso é um absurdo) ahshashas - E de gay também.
10) Ivan Lins é um cantor completo!!
11) Loiros dentro de pálios verdes não gostam de pessoas da skynerd!! - Havia me esquecido disso! Tinha um cara que ficou encarando a gente por todo minuto que ficamos no campo de visão dele.
12) Estávamos procurando alguém em domingos martins e nem sabíamos.
13) Unos são extremamente silenciosos e servem para carregar pessoas mortas.
14) Ninguém assistia Siga Bem Caminhoneiro
15) Chupa Cabra não sobe em goiabeiras
16) Em algum momento Tobias vai jogar vodka em você... - Na minha história escrevi vinho, perdão. Eu disse que não conseguiria lembrar dos detalhes perfeitamente.
17) Jéssica vai de sóbria a bêbada em 2 segundos
18) Togemon não é nada criativo.
19) Cachecol é coisa de viado. 
20) Higor espera as meninas sairem de perto para começar a peidar... ashahshash
21) Tobias peida perto de todo mundo... hshashahshas
22) Rim Tim Tim é um ótimo baterista!!
23) Pamela não vale nada, mas isso eu já sabia... - Sou puro valor *beijo no ombro*
24) A foto do perfil do Nelson não tem nada haver com ele pessoalmente XD
25) Nós da Skynerd-ES não somos pessoas legal. Diz: Tobias
26) Eu sou o maior pilha errada de todas!!
27) A pilha errada e "órgão sexual feminino" são os motores da história.
28) Açaí e os lanches de Domingos Martins são gostosos!!!
29) Sou lindo, sexy e divo... - só que não
30) A maior decepção da vida do Júlio aconteceu ontem...
31) Cada dia que passa eu gosto mais e mais de pertencer a esse grupo ^^

Hoje eu tive uma ideia, besta, mas tive. Que eu minha mãe a gente torna tanto o meu cachorro em uma pessoa que eu resolvi separar as peripécias dele. Ele tem muitas e não de modo que eu for lembrando eu posto aqui.

A primeira será o que aconteceu hoje.

 

 Então, vamos lá... Estava na sala assistindo filme após o almoço e um tempo depois minha mãe desceu e o Pupi também. Mamãe almoçou e quando terminou foi pra cozinha e meu cachorro foi para a varanda conversar com a galera da rua (vulgo: latir pras cachorras e assustar os vizinhos). Quando mamãe começou a subir as escadas e então, do nada meu cachorro parou de latir e foi ir atrás da minha mãe, mas achando que ela tava na cozinha ele foi todo saltitante pra cozinha e de repente ele parou e começou a cheirar e saiu correndo em direção a escada para segui-lá. Nós começamos a rir e eu te explico o por quê.

 Meu animalzinho de estimação às vezes é muito esperto (como ele foi hoje), mas na maioria das vezes ele é avoado (dizem que os cachorros tem traços dos donos, discordo!), ou seja, achamos que ele fosse chegar na cozinha antes de se dar conta de que minha mãe não estava mais lá, mas hoje não, hoje ele seguiu seu olfato e achou o caminho certo! Grande Bubu (sim, ele tem muitos nomes)!

Acordei de um sonho estranho, peguei meu celular vi uma mensagem e resolvi lê-la, mas a mensagem estava confusa e eu não conseguia entendê-la. Porém eu vi quem mandou e via apenas umas fotos e vídeos que havia sido enviadas por esta mesma pessoa. Quando eu pressionei o botão para fazer download do vídeo e das fotos o celular ficou estranho e as fotos e os vídeos ficaram confusos e eles se mexiam, aquilo era real e eu tinha certeza disso. Meu coração disparou e eu pensei que algo de muito ruim fosse acontecer comigo, algo como uma morte súbita.
Então meus olhos se fecharam novamente, eu estava agora na escada de minha casa olhando para o andar debaixo e por nenhuma explicação dentro desse sonho eu pegava meu celular novamente e via as mensagens "Ei, tudo bem com você? Resolva essa equação pra mim... ela vai te dizer o que eu quero com você hahahahahaha" e a resposta era simplesmente óbvia e eu respondi friamente a mensagem e recebi alguns insultos de volta.
E não demorou muito, eu estava novamente em minha cama, deitada em estado de catalepsia projetiva e eu via o tempo passar diante dos meus olhos, dia e noite em frações de segundos. Não conseguia me movimentar e eu pensei que eu estivesse enlouquecendo e que eu fosse morrer ali. Então eu acordei, sim, era outro sonho. Entretanto, as coisas ainda passavam em frações de segundo e só eu que não. Era como Schrödinger dizia que o gato estava vivo e morto ao mesmo tempo, só que lá, eu estava presente, mas também não estava e aquilo me deixou assustada, porque era realmente real, porém eu tentei abrir os olhos e eu via apenas a parede branco meu quarto e o meu cachorro deitado comigo e algo me puxava novamente para aquele sonho de um sonho e então eu voltava para aquela loucura real, eu comecei a ver as coisas em primeira pessoa e ao mesmo tempo em terceira, simplesmente sufocante não conseguir sair daquela situação.
Eu perdi as contas de quantas vezes eu tentei acordar de verdade e não consegui, pois eu sabia que se eu continuasse dentro daquele sonho, ele seria uma realidade que eu não queria ver, ou talvez sim. E sabia que eu acabaria morrendo lá dentro e por fora também.

Como fazia muito tempo que não escrevo uma crônica, tentarei uma e espero que gostem (estou enferrujada, então me perdoe por não ser uma das melhores e obrigada pela atenção)!

****

René desceu do ônibus em um lugar não tão desconhecido, já que era a sua segunda vez, mas ainda assim se sentia deslocada e sozinha a espera de Steve. Ela tentou ligar, mas não conseguiu. Mandou uma mensagem dizendo que chegara e que estava esperando. Milhões de coisas na mente da moça 'será que ele vem?', 'será que ele me esqueceu e foi fazer outra coisa?', 'não é possível! ele me deixou aqui mesmo?'. Haviam passado quase vinte minutos desde que ela enviou a mensagem. 'Ele não vai me ligar? Se der três horas e ele não aparecer eu vou embora!'. Uns minutos depois o telefone de René toca e ela sorri e atende o telefone.
- Alô?!
- Oi... você tá onde?
- Eu tô aqui no ponto te esperando - ela procura ele e o encontra. - Estou te vendo... te encontro aí.
Ele a vê também e ambos dão um sorriso.
- Oi.
- Oi.
Aquele silêncio constrangedor. Ele pega mochila dela e eles caminham até a casa dele e em um silêncio quase absoluto.
- Espero que você goste do que eu fiz para nós almoçarmos.
- O que tem pra comer?
- Eu fiz macarrão e strogonoff.
Ela sorriu e lembrou de ter dito uma vez sobre as comidas que ela mais gostava e provavelmente ele havia guardado isso.
- Você gosta, né?!
- Sim, sim... eu gosto.

Eles almoçaram e quando terminaram ela ficou encarando ele e ele fazia o mesmo.
- Você ainda tá com raiva de mim? - ele perguntou enquanto olhava no fundo dos olhos de René.
- Sim... - realmente ela estava, mas não muito. Ela pensava nos porquês dele ter demorado tanto pra contar a verdade. - Mas eu não consigo ficar longe de você. E isso me mata.
Ele sorriu e chegou mais perto dela e tirou os óculos e os descansou sobre a mesa sem tirar os olhos dela. Colocou uma mão na cintura dela e o outro braço apoiado na mesa e a cabeça apoiada em sua mão. Ela fez o mesmo, mas a outra mão no ombro do rapaz. Eles ficaram se olhando por um bom tempo até que Steve tirou a mão da cintura dela e começou a acariciar o rosto e tirou os cabelos do pescoço de René. Ele se aproximou mais e começou a dar beijinhos e roçava a barba por fazer nela. René fechou os olhos e apenas sentia os toques de Steve, era só isso que importava, aquele momento. Os dois juntos e nada mais. Logo depois ele começou a desenhar o rosto dela com o próprio rosto, ele sentia todos os cheiros dela, em cada poro e ela fazia o mesmo. Sentia o cheiro para poder guardar, pois talvez aquele fosse o último momento. Ela acariciava os cabelos dele. René sentou no colo de Steve e os dois ficaram abraçados em silêncio. Naquele momento o silêncio era tudo o que eles tinham, eles tinham a paz, porque quando eles estão juntos eles não precisam de mais nada, eles esquecem de tudo... eles realmente ficam em paz.

Eles foram para o quarto de Steve, beijos não foram o suficiente, eles realmente precisavam se conectar.
Depois eles ficaram deitados e abraçados... ele caiu no sono e ela o observava. Mexia em seus cabelos e pensava o quão maravilhoso estava sendo aquele momento. Eles não queriam sair da cama, mas tinham compromissos.
- Essa é a última vez. - Ela disse triste e esperava que ele pudesse falar algo que a fizesse mudar de ideia.
- Se você quer assim, eu não vou forçar. Você sabe o que eu quero.
- Sim, eu sei. Mas eu não posso. É tão confuso pra mim. Eu sei que não devo, mas quero estar com você.
Ele sorriu e a beijou.


****

Eu realmente estou sem muita inspiração, mas eu li uns textos ultimamente e realmente me deu muita vontade de escrever algo. E saiu justamente isso porque os textos que eu tenho lido é sobre casais e coisas viadinhas, então saiu esse texto. Tentarei escrever algo mais macho da próxima vez. 
E muito obrigada, novamente! 
Volte sempre!

De madrugada, enquanto conversava com um amigo no telefone eu escutei o barulho de alguma coisa caindo e o som parecia vir do andar de cima daqui de casa. Depois parecia vir da minha cozinha... barulho de quando abre a geladeira e então eu comecei a temer e pensei "o que diabos é isso?". Contei para o meu amigo que achava que alguém tinha acordado aqui em casa. Mas logo conversamos normalmente, mesmo ouvindo esses barulhos estranhos. A ligação caiu e eu ouvi novamente um barulho que vinha da parte de cima da casa. Cheguei perto da escada pra ver se eu via alguma luz da geladeira que fica na sala, mas não vi. Fui pra varanda e tentei retornar a ligação, nos falamos um pouco e então ele disse que iria dormir. Fiquei olhando pra rua um tempo até que decidi subir. Subi bem devagar e espiando pra vê se havia alguém na sala.
Depois que ajeitei minha cama e escovei os dentes deitei e fiquei conversando com outro amigo no whatsapp e aí os barulhos voltaram, só que agora eu os ouvia vindo do andar debaixo. Novamente um barulho que parecia ser de algo se quebrando. Depois ouvi passos... Os passos eram fortes e parecia que eles estavam indo em direção a escada e de fato parecia que tinha alguém subindo.
A única coisa que consegui pensar foi "Ou tem um espírito maligno na minha casa ou alguém invadiu."
Coisas que só a madrugada e o excesso de silêncio nos proporcionam.

Paula queria encontrar com André de alguma forma, então por algum tipo de milagre a amiga dela mandou uma mensagem dizendo que ligaria pra ela assim que ela estivesse livre.
Paula manda uma mensagem avisando que estava livre e que ela poderia conversar. Ela esperou alguns minutos até que sua amiga ligou e elas conversaram durante um tempo. E então Paula viu o amigo de André que parou e olhou com olhar desconfiado, digitou uma mensagem e prosseguiu com o caminho.
Paula ficou rindo sozinha da situação e procurou um lugar pra sentar enquanto esperava pra ter uma oportunidade de vê-lo. Uns minutos depois ele desceu e aí ela levantou e foi cumprimenta-lo. Então ele se despediu e falou que o amigo dele o esperava. Mas eles seguiram na mesma direção e então eles se despediram novamente.


E um dos pensamentos de Paula era sobre uma conversa que eles tiveram durante a semana. Ele disse que eles se veriam na quinta feira e ela perguntou como ele sabia (eles costumam se encontrar nas quintas, mas essa ela não poderia encontra-lo onde eles se encontram as quintas). Ele apenas disse que poderia acontecer... Que havia colocado uma condição para a quinta. E como já estava ficando tarde e Paula queria que essa condição desse certo ela esperou, mesmo que parecesse idiota. Ela só queria olhar, dizer oi pra ele. Qualquer coisa só pra senti-lo.

Estava faminta e sonhando em comer pão de queijo e tomar um cappuccino, então fui até a cantina. Enquanto caminhava eu pensei "bem que eu poderia vê-lo hoje". E continuei o caminho viajando em outra dimensão até que cheguei na fila e peguei meu dinheiro. Comprei o pão de queijo e o cappuccino e sentei. Terminei de comer, mas ainda havia cappuccino eu resolvi ir andando até o ponto. Geralmente nunca olho muito para os lados quando estou andando, pois geralmente tenho olhar fixo e viajo (pra outra dimensão, hahaha). Mas não naquele dia. Eu olhei para o lado e eu o vi. Voltei uns passos e então ele me viu e sorriu. Nos cumprimentamos e ele disse que estava com pressa que iria comer algo rápido na cantina e perguntou se eu já estava indo embora. Eu disse que tava, mas que poderia acompanha-lo até a cantina. Ele disse que precisava ser rápido pois estava no meio de uma aula. Eu dei os primeiros passos em direção a cantina e disse "então, vamos!". Chegamos lá a fila estava enorme e eu perguntei se ele iria enfrenta-la. "Eu preciso, preciso colocar algo no estômago não como nada desde uma hora da tarde" (eram seis da noite) ele disse. "Ah! Você precisa comer sim...". Então conversamos até que ele comprou uma coxinha. E fomos pra perto do prédio de física e continuamos a nos falar até que ele terminasse de comer. Depois nos despedimos e eu fiquei com o mesmo sorriso bobo que sempre rola após encontrá-lo. 

Como eu havia dito no post anterior que esse seria sobre como eu conheci o meu amigo do ônibus. E aí vai...




Em um dia de verão eu tinha ido à biblioteca estudar para o vestibular. Estava estudando para as discursivas (física e matemática) e nesse dia eu tinha colocado que história tantas horas pra física e depois matemática. Então subi as escadas e fui para o cantinho que tinha ventilador, pois a biblioteca é um lugar muito quente no verão. Estudei primeiro física e enquanto eu estudava apareceu um cara loiro, olhos claros, usava óculos e sentou na mesa de frente para a minha e percebi que ele olhava algumas vezes para a minha mesa. Depois peguei o livro de matemática para estudar geometria analítica. Mas vi que havia "desperdiçado" muito tempo estudando física e faltava 30 minutos para o meu momento de estudo acabar.
Então o menino do outro lado da mesa fechou os livros, e eu pensei "puxa! ele está indo embora" e por quê diabos eu pensei nisso? Não sei! Hahaha. Mas então quando ele levantou eu vi que na camisa dele tava escrito "Física" e entendi o porque ele olhava para a minha mesa toda hora. Então ele veio na minha direção e parou do meu lado e puxou assunto comigo. Perguntando sobre tudo relacionado ao que eu fazia naquele momento (estudos) e eu expliquei que iria prestar vestibular pra engenharia, mas que a física me fazia brilhar o olhos e ele me deu uns conselhos. Ele perguntou coisas pessoais como por exemplo, onde eu morava e quando eu disse descobri que ele mora no bairro vizinho do meu. Ele me falou um pouco sobre ele também. Achei ele um cara muito legal. E então ele se despediu de mim e eu continuei a estudar.
Quando deu o horário eu ia na cantina com a minha amiga, quando nos encontramos contei a ela sobre o "carinha da física" e logo depois eu esbarrei com ele de novo e ele ficou conversando um pouco com a gente e depois foi para a aula. Minha amiga ficou perturbando a minha mente falando que era bonito e blablabla.
Enfim, essa é a história de como eu o conheci., como eu disse é curto, mas foi engraçado. Fazer um amigo na biblioteca.

Mais um dia cansativo após faculdade. Saí as 21h45min e pensei "Mas que droga! vou ter que esperar pelo próximo ônibus pelo menos 20 minutos". Andei pelos corredores da faculdade viajando como sempre e um colega de sala perguntou "Você tá bem?", "Sim, estou normal..." e então ele continuou andando rápido e desci todas as escadas e cheguei até a entrada da faculdade. Fiquei parada para ver se acharia uma amiga e mandei mensagem no whatsapp e novamente pensei sobre a demora que seria para vir o próximo ônibus. Pensei em até mesmo ficar ali na frente parada pra esperar, mas simplesmente fui para o ponto, mesmo sabendo que mofaria ali.
Quando decidi que eu iria pegar meus fones de ouvido eu vi uma agitação da galera que estava no ponto, quem estava sentado levantou. E eu vi que era o 605 que se aproximava. Larguei o fone dentro da bolsa e peguei apenas o meu cartão de passe. Assim que eu subi todos os degraus do ônibus vi que tinha uma pessoa que eu conhecia lá. Meu coração teve um aumento de pulsação por minuto, com certeza. Fiquei ansiosa para passar logo, mas o transporte estava cheio e tinha algumas pessoas na minha frente.
Depois que ele me viu e reconheceu ele deu um sorriso. Fiquei de pé ao lado dele e logo no outro ponto a mulher que estava ao lado dele desceu e eu pude sentar. Conversamos basicamente sobre os nossos cursos (ele faz física e eu engenharia). Ele foi uma pessoa que me deu muito apoio para escolher o que fosse melhor e quando soube da minha bolsa ele ficou super feliz e falou que poderia ajudar para o que eu precisasse.
Enfim, eu fui me despedir porque eu desço um ponto antes dele e então quando eu fui abraça-lo pra me despedir, ele disse "Eu vou descer também.". Então eu disse "Mas eu pensei que você descesse no próximo..." "Eu desço, mas posso descer aqui também.". Descemos e ficamos conversando por um tempo na esquina e falamos sobre seriado e sobre eu precisar de ajuda em cálculo e ele poderia me ajudar. E ele citou um "podíamos marcar de fazer alguma coisa, comer, sei lá, a gente mora tão perto, mas as chances de nos vermos é tão pouca." eu disse "verdade, a ultima vez que eu te vi foi aquele dia, exatamente aqui." ele "ah, aquele dia que eu estava semi nu, voltando da praia, sujo de areia e suado?" - ele riu. Eu soltei uma gargalhada e disse "sim, esse dia mesmo".
Em seguida, nos despedimos e eu disse que deveríamos marcar de nos ver mesmo. Quando eu me virei para ir para casa eu senti que fiz uma cara de muita felicidade. E subi o morro com um sorriso muito feliz. Mas quando eu cheguei e lembrei das possibilidades de reencontro serem baixíssimas, já que a ultima vez que eu o vi foi no verão e agora estamos no inverno, eu meio que desanimei. O que valeu para o meu dia pelo menos foi reencontra-lo aleatoriamente.
Acho que nunca escrevi como eu o conheci, penso que daria uma boa história (é rápida, mas é engraçada). Provavelmente o próximo post será sobre como eu o conheci.

Paula pensava que não o veria hoje, de novo.
Mas por alguma "sorte" ela conseguiu o encontrar.
Ela entrou e já procurava por ele, quando ela o viu, ele estava rindo. Paula ficou ao lado dele. Sem querer ela soltou um "ai meu coração", depois que ela percebeu o que falou desejou que ele não tivesse percebido que tenha sido por ter conseguido vê-lo. Ela estava tremendo e com o coração acelerado.
Eles começaram a conversar e depois até a amiga dela entrou no meio da conversa.
Quando ela sentou ao lado dele entregou a carta, ele ia abri-la, mas Paula disse que não - ela queria poder ver a reação dele, contudo tinha medo de como ele poderia reagir. Então ela começou a repará-lo mais do que ela tinha o costume de fazer.
Tão perto... e ao mesmo tempo que conversavam um turbilhão de pensamentos...
A voz dele é tão suave e calma... o som da sua risada é agradável também.
Em falar em sorriso, ela acha o sorriso dele lindo.
Paula reparou melhor em seus olhos, ela gosta do tom castanho que tem os olhos dele.
É, ela gosta de conversar com ele, ela gosta do estilo dele...
Será que ela já havia sido cativada?
Ela não queria isso, não agora. Mas ela sabe que essas coisas acontecem quando nós menos esperamos.
Enfim, ele tinha que descer... Quando ele disse tchau ela sentiu uma vontade enorme de abraçá-lo. Contudo ela achou melhor não fazê-lo. Foi para casa feliz...
A trilha sonora do dia foi "Santa Monica - Theory of a deadman", que a propósito ela descobriu a música por causa dele.

Paula escreveu mais uma vez para Rafael. Só que desta vez não foi apenas um pequeno papel, mas sim uma carta.
Ah! O anoitecer, ela gosta quando anoitece, sempre há a esperança de vê-lo mais um dia.
Mas não foi o que aconteceu.
Paula sentou, cansada... Esperando ansiosamente para que o visse, mas ele não apareceu.
"Ah! Que pena! Eu queria que ele lesse a carta que eu escrevi... Mas talvez eu não deva entregar."
Paula pensa em mil em uma coisas, e todas negativas, é claro. Todas as alternativas davam: você não deve entregar nada! Pare de encher o pobre menino. Pensou também sobre o que estava escrito, talvez ela realmente se sentisse daquela maneira. E então ela pensa no refrão da música "The Cranberries - Linger".
Ok. Seus pensamentos se calaram por um instante deixando espaço apenas para a música que ouvia...

   Amélia, mulher de Arnaldo, também era alta, magérrima com aparência de uma pessoa raquítica. Seu cabelo era preto, cheio e curto. Olhos negros e vibrantes. Seu sorriso era encantador.

   Eles tinham uma rotina diária. Quando acordavam cedo e iníciavam suas tarefas. Ele ia para a garagem trabalhar e ela fazia serviços domésticos na casa do vizinho para ajudar nas despesas da casa. ele só parava de trabalhar ao cair da noite, após ela já ter terminado de arrumar a casa e preparado o jantar.

   Os jantares da família Barbosa costumavam ser silenciosos, na verdade, se tornaram ao longo dos dez anos de casamento, principalmente depois da notícia trágica de que Amélia era estéril. Arnaldo tinha aspecto de ogro, mas, na verdade, tinha um coração mole e seu maior sonho era ter filhos. Amélia se sente culpada e sofre calada.

   As únicas palavras que eles trocam hoje em dia são: "bom dia", "como foi seu dia?", "bom e o seu?", "também." e "boa noite".

20 de julho, Rafael.
Despertador toca, Rafael o desliga com uma porrada estrondosa.
"Quero dormir mais!" Pensa o menino que coloca o travesseiro em seu rosto para tampar a fresta de luz que entra pela janela entre as cortinas em paralelo. Tomou coragem e tirou o travesseiro do rosto, abriu os olhos lentamente, olhou para o despertador que mostrava apenas sete e quatro da manhã.
Levantou sem vontade nenhuma, se arrastando para a porta do guarda-roupas e procurou por roupas limpas. Foi até o banheiro e tomou um banho quente.
Chegando a cozinha.
- Bom dia, mãe! - Disse Rafael com voz de sono.
- Bom dia, Rafael! Vai comer, seu pai trouxe pão fresquinho e tem que queijo e presunto na geladeira. Fiz suco de acerola que você adora, mas também tem leite. - Disse Adriana ao filho enquanto organizava sua bolsa para ir trabalhar.
- Tá, mãe! - Rafael começou a preparar o seu café da manhã.
- Não esquece de pegar seu irmão no colégio... E vê se estuda!
- Tá bom... pode ir, não se preocupe. Eu faço isso todos os dias. Não precisa ficar me lembrando sempre o que eu tenho que fazer...
- Mas é que você é esquecido.
- Ok mãe. - Rafael respondeu revirando os olhos enquanto pegava o leite na geladeira.
- Tchau meu filho.
- Tchau mãe.

Rafael tomou seu café da mnhã. Ligou o computador e pôs sua cabeça para funcionar, pensando no que teria que fazer naquele dia. Estava sentado em frente ao computador olhar vazio, apenas pensando.
Navegou na internet, jogou um pouco. Começou a estudar, mas já tinha que buscar seu irmão na escola.
Quando chegou em casa o almoço já estava pronto, a diarista havia preparado lasanha e arroz.
Ele e seu irmãozinho, Ronald, almoçara e após isto ele ajudou o pequeno com as tarefas de casa. Quando terminou de ajudar o irmão dele, pegou seu próprio material para estudar.
As quatro da tarde, Rafael, fez o seu lanche e foi se arrumar para sair e estudar.

20 de julho, Paula.
- Paula, acorda!
- Ah não, mãe! Deixa eu dormir mais um pouco!
- Mas já são quase onze horas da manhã. Vai, levanta logo!
Paula continua de olhos fechados, fingindo que ainda está dormindo.
- Não vou falar de novo. Se eu tiver que falar mais uma ve...
- Ok, mãe! Acordei. Viu? Levantei já. - Paula estava apensar sentada na cama, com cara de zumbi.
- Ótimo! O almoço está quase pronto! E não esqueça de arrumar o quarto.
- Tá!
"Ai que saco! Mal acordo e já tenho coisa pra fazer, só queria dormir mais um pouco." x_x Pensou Paula, quase rastejando até chegar ao banheiro. Escova os dentes, lava o rosto e cria coragem para arrumar o quarto.
Depois do almoço procura algumas coisas na internet, conversa com amigos, mas logo se arruma para ir estudar.


20 de julho, Rafael e Paula.
Já cansado, Rafael corre para pegar o ônibus e procura um lugar para se sentar.
Paula olha para Rafael e diz um "Oi" mentalmente do mesmo jeito que ela geralmente faz.
Rafael é alto, nem gordo e nem magro, normal, caucasiano, cabelo liso e castanho, barba por fazer e usa óculos. Mas o que ela mais gosta é quando ele mexe o cabelo, é maneira como ele faz, ela acha fofo.
Ela pensa em mil e uma maneiras de falar com ele. No fundo ela tem medo da reação dele.
Because she is just a shy girl.

Era um dia comum, com pessoas comuns, com toda aquela rotina que fora criada decorrente de problemas e o cansaço do dia a dia.
Angela que estava encostada na janela de seu quarto olhando para a rua sem nenhuma concentração no que estava vendo, entretanto, mergulhada em pensamentos, respirou fundo.
Imaginando qual escolha deveria tomar, se seria a solidão, mas a liberdade, ou se escolheria ter a família por perto, porém sem a sonhada liberdade.
Ela conseguia pensar em uma solução onde poderia juntar liberdade sem estar sozinha. Foi por esse motivo que ela começou a pensar em seus amigos. Sempre poderia contar com amigos, amigos nunca sufocariam, nunca mandariam apenas a livrariam da solidão.
Angela não hesitou e iniciou seus projetos para o futuro com um sorriso no rosto.

Acordei em um lugar estranho e para ser mais especifico no meio de uma floresta, estava escuro, só podia ouvir barulhos de animais noturnos e eu me perguntava como fui parar ali. Me senti completamente perdido, então comecei a caminhar para qualquer lugar – talvez eu encontre uma saída ainda que eu não tenha a mínima ideia de onde eu esteja.

Comecei a ver uma luz que estava bem distante, mas só de ter visto aquela luz já me senti esperançoso. Fui em direção a luz e comecei a ouvir uma música que era totalmente diferente de tudo que já ouvi antes. Era lindo e mágico, a cada passo que eu dava era como se aquele som me chamasse e me hipnotizasse, mesmo que eu quisesse sair dali eu não poderia – era uma força maior do que eu. Não conseguia nem pensar direito, e como eu estava chegando perto eu pude ver que as luzes dançavam e essas “luzes” começaram a tomar forma, elas eram mulheres.

Eram seis mulheres em algo que parecia com um ritual e eram lindas demais, era como se elas não existissem – digo isso por tamanha beleza. Fiquei atrás de uma árvore observando-as sem me mover e boquiaberto. Elas flutuavam (literalmente) e seus pés – que não usavam sapatos – não tocavam o chão, e me questionei se o vestido longo e branco delas era o que fazia aquela luz brilhar tão forte. Elas usavam uma espécie de arco na cabeça, e os cabelos eram grandes cada uma com cor e forma diferenciada e, mesmo assim, elas pareciam ainda mais lindas. Dei um passo devagar para que eu pudesse ver melhor aquilo que nunca vi e talvez nunca veria novamente. E se eu contasse a qualquer pessoa, ninguém acreditaria. Até eu, que estava presenciando toda aquela magia, não estava acreditando que era real.

Enquanto eu me aproximava sem ser visto e tentando não fazer barulho, falhei, e mesmo com a cantoria elas puderam me ouvir e fez-se um silêncio, nervoso, olhei para elas e senti medo e felicidade – não sei o porquê desse sentimento – ao mesmo tempo. Elas vieram em minha direção e falavam uma língua que não dava para entender nada. Foi então que o medo tomou conta e a felicidade sumiu, elas me cercaram e começaram a sorrir, voltaram a cantar a mesma música de antes. E começaram a dançar em volta de mim e me olhavam de uma forma que eu não pude explicar. E ali, bem perto delas, pude olhar nos olhos e elas pareciam mais lindas e irreais. Uma delas parou de frente pra mim e cantava alguma coisa na língua que eu não podia compreender e então as outras começaram a fazer apenas uns sons com a boca, dando ritmo e harmonia. Ela pego em uma de minhas mãos e eu não sei dizer o que senti naquele momento, mas era bom sentir o toque dela. Enquanto uma mão segurava a minha, ela pegou a outra e levou ao meu rosto e só pude olhar fixamente em seus olhos que agora mudavam de cor, estavam ficando claros e eu fui sentindo uma fraqueza como se ela estivesse roubando as minhas forças, tudo começou a ficar escuro, senti uma dor, uma coisa que queimava por dentro, tentei gritar mas cada vez ia ficando mais escuro e a música ia diminuindo...

- Ahhhh! – Consegui gritar, pensei.

Senti que minhas forças haviam voltado – não completamente – , levantei e vi que eu estava na minha cama e todo suado. E pensei, aquilo tudo foi tão real. Levantei tomei um banho, peguei papel e caneta e escrevi tudo que havia visto naquela noite imaginária para que ficasse registrado e tentei ser fiel a cada detalhe.