The Weird Guy

11:58 PM


Foto: Flickr



Quinta feira, 7, novembro.

Estava chovendo muito e Maggie ficou feliz de ter trazido seu guarda chuva de cor azul. Estava no ponto de ônibus esperando ansiosamente para o momento de entrar no transporte coletivo e chegar logo em casa, única coisa que ela não estava feliz é que ela sabia que o ônibus estaria lotado e isso a irritava. Ela viu um rapaz de cabelos longos e preso indo em direção ao ponto e lá ele parou e ficou, há uns 2 metros de distância de Maggie. Ela só reparou nele porque ele tinha um jeito meio estranho e talvez se identificasse com o sujeito. Começou a chover bastante e ela ficou com pena dele, pois a maioria das pessoas estavam debaixo de um guarda chuva ou da proteção que geralmente os pontos de ônibus têm. Ele ficou ao lado dela com a bolsa em cima de sua cabeça tentando proteger. Maggie olhou o rapaz várias vezes nos olhos tentando oferecer um lugar debaixo do guarda chuva dela, porém ela não conseguia, havia uma barreira. Quando ela finalmente conseguiu dizer algo ele recusou e agradeceu. Maggie se sentiu muito mal com isso, ela queria que ele entrasse lá porque ela lutou contra algo que é quase impossível de se vencer pra no final ter sido rejeitada. Por fim o ônibus chegou e então Maggie entrou no meio daquela multidão de pessoas e ficou imprensada e colocou seus fones de ouvido. 




Foto: Flickr


Segunda feira, 18, novembro.

Maggie estava sentada ouvindo música e pensando nas coisas estranhas e simples da vida. Então ela viu o rapaz de cabelos longos entrar no transporte e ela não pode acreditar que estava o vendo novamente. Ela riu sozinha e lembrou da situação passada que havia ficado frustrada com a rejeição de seu guarda chuva e pensou "por que diabos eu fiquei frustrada com isso?". Começou a chuviscar e ela riu mais uma vez e lembrou que a primeira vez que viu o rapaz estava chovendo e o seu pensamento foi "será que eu só esbarrarei com ele em dias de chuva?" e mais uma vez riu. 
Ela ficou observando o rapaz de rabo de olho e teve um momento em que o rapaz colocou a mão pra fora da janela, sentiu as gotas d'água da chuva em sua mão, retirou rapidamente e pôs na direção de seu rosto e olhava como se fosse uma coisa diferente que nunca havia visto e então fechou os olhos e cheirou. Aquilo foi tão sensível da parte dele, pensou Maggie, que riu e ficou maravilhada com o feito do moço.
Maggie adorava pessoas que valorizavam as coisas simples da vida.


**************

Se parecer demais com a realidade é mera coincidência.

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2 comentários

  1. O dom de notar os detalhes que passam despercebidos aos olhos normais... rs ;)

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    1. Isso mesmo, Jess! São poucos... e sei que você é assim também :D

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