"Lars and the real girl"

6:38 AM



São seis da manhã e acabei de assistir ao filme Lars and the real girl que conta a história de um cara totalmente introvertido, mas por umas pesquisas que eu fiz na internet ele parece ter fobia social. E arrrrgh! Que filme incrível. Não digo que é o melhor filme que eu já vi, mas me emocionou muito. Coisa que só acontece em filmes.
Mas Pam, você assiste tantos filmes e seriados, por qual motivo você quis escrever justamente sobre esse?
E a minha resposta é simples: Me identifiquei com o personagem... eu diria mais do que isso. Eu me toquei em uma coisa que eu não tinha percebido, mas que eu tenho.
Tem uma parte do filme que ele está com uma médica e eles estão conversando e ele fala sobre a cunhada dele, que ela tem uma mania de abraçar todo mundo, e que ela deveria saber que nem todo mundo gosta de ser abraçado, ou até mesmo tocado.




Bem, eu percebi que eu sou assim. Não no nível dele, mas também não gosto que fiquem me tocando o tempo todo e principalmente pessoas que eu não conheço. ME DÁ AGONIA EXTREMA! Então por favor, se você não é meu amigo, não me toque, obrigada! Eu AMO ABRAÇOS, mas tudo tem seu limite.
Por exemplo, quando eu tô em um ônibus eu fico extremamente agoniada com aquelas pessoas espaçosas que acabam encostando demais nas pessoas. Isso me deixa louca e furiosa... DEMAIS. Começa a me dar uma agonia muito grande e vontade de chorar, porque eu não consigo fazer mais nada e até me dá falta de ar. Na verdade, acho que ônibus é um dos piores lugares pra mim. Eu falei para uma amiga esses dias que um dos motivos de eu gostar de ir mais tarde pra faculdade é porque tem um ônibus que passa perto da minha casa por volta das sete da noite e que ele fica vazio e isso me deixa mais tranquila. Saindo um pouco do assunto, TOQUE, entrando no ponto claustrofóbico da coisa, outra agonia no ônibus que eu tenho é que, acho que por geralmente ter muita gente, mas em dias de chuva as pessoas fecham todas as janelas do ônibus e as vezes isso me sufoca e também me dá vontade de chorar e sair gritando igual uma louca. Mas fazer o que né?! É como se tirassem todo o meu oxigênio de uma vez só, é como se eu não conseguisse respirar. Tudo o que eu quero é poder chegar logo em casa. É nisso que eu penso. Até mesmo em dias frios, as pessoas fecham tudo e isso também me dá muita agonia.
Como eu disse, eu amo abraços, mas acho que tem um limite. E eu percebi isso assistindo ao filme, porque eu lembrei que quando eu tava namorando (com meu último namorado), ele foi um dos caras que eu mais gostei em toda a minha vida e gostava muito de estar com ele e claro, abraça-lo. Mas as vezes isso me irritava e isso me perturbava, porque eu achava que eu tinha que estar abraçada com ele, já que eu gostava dele. Era estranho, mas as vezes eu me afastava e tirava o braço dele perto de mim. Isso mesmo, eu sou estranha.
E é assistindo esses filmes de gente com problemas, eu vejo que eu também tenho meus problemas... e eles não são poucos. Na verdade, desde 2008 eu queria ir a um psicologo, na escola onde eu estudava tinha uns estudantes de psicologia de uma universidade daqui que estavam estagiando lá, eu me senti muito tentada, porque eu estava chorando all the time por motivos que eu NUNCA falei pra ninguém. Ninguém sabe até hoje, só eu. E eu queria ter alguém pra falar disso, alguém que não fosse me julgar. Mas eu era uma criança ainda, eu tinha 14 anos e fiquei com medo das pessoas me zoarem, ou qualquer coisa do tipo, me olharem estranho por eu ir me consultar. Sei lá... algo assim. Depois disso, eu fiquei bem, tive meus problemas no ano seguinte, mas também fiquei bem. O pior foi em 2011 quando começaram uns problemas com meu pai. Eu vivia chorando, isso em 2011 até uma boa parte desse ano, a gente ficou sem se falar. Houve épocas em que ele aparecia, mas não durava muito tempo e então isso me deixou muito mal e quis ir num psicólogo de novo. Até conversei com a minha mãe, mas ela falava que ia ver e nunca viu (risos). E até hoje eu nunca fui a uma consulta ou terapia.
Este ano, 2013, está de parabéns pra me dar rateira, é sério. Tudo de ruim possível tem acontecido neste ano... há momentos bons, pessoas maravilhosas que eu conheci esse ano, mas argh, é complicado demais. Nesse momento que eu tô escrevendo e pensando sobre a minha vida tô com uma puta falta de ar, não consigo respirar direito e isso tá me matando. Já pensei ter asma por causa desses momentos que me faltam ar do nada. Quando tudo começa a ficar difícil demais eu não consigo lidar com a situação e me falta ar. Preciso sair de onde eu tô e respirar (isso pode ser literalmente ou metaforicamente).

Anyway, não vou contar a minha vida toda pra vocês. Só quero dizer que o filme é muito bom e me identifiquei. Quem quiser uma dica de filme aí está. E como minha mãe sempre diz: Você só assiste filme de gente doida.



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