A família Barbosa.

1:40 PM


    Arnaldo era o chefe da casa. Ele era alto, gordo, com apenas uns fiapos loiros em sua cabeça, que por sinal é desproporcional ao corpo. O olhos dele eram azuis (seu pai era alemão). Dentes tortos. Quase sempre andava desarrumado e sujo, não porque queria ou por preguiça, mas porque tinha um pequeno negócio em sua garagem, ele era mecânico.

   Amélia, mulher de Arnaldo, também era alta, magérrima com aparência de uma pessoa raquítica. Seu cabelo era preto, cheio e curto. Olhos negros e vibrantes. Seu sorriso era encantador.

   Eles tinham uma rotina diária. Quando acordavam cedo e iníciavam suas tarefas. Ele ia para a garagem trabalhar e ela fazia serviços domésticos na casa do vizinho para ajudar nas despesas da casa. ele só parava de trabalhar ao cair da noite, após ela já ter terminado de arrumar a casa e preparado o jantar.

   Os jantares da família Barbosa costumavam ser silenciosos, na verdade, se tornaram ao longo dos dez anos de casamento, principalmente depois da notícia trágica de que Amélia era estéril. Arnaldo tinha aspecto de ogro, mas, na verdade, tinha um coração mole e seu maior sonho era ter filhos. Amélia se sente culpada e sofre calada.

   As únicas palavras que eles trocam hoje em dia são: "bom dia", "como foi seu dia?", "bom e o seu?", "também." e "boa noite".

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