Like a dream, oh wait...

3:33 AM

Estávamos, eu, Klaus e Domeniquée em nosso passeio agradabilíssimo, mas antes de contar como da parte boa foi para a ruim em apenas um piscar de olhos, lhes apresentarei os personagens.
Bem, meu nome é Anna, mas é... não, não falarei sobre mim. Prefiro falar sobre meu sobrinho Domeniquée e claro, sobre Klaus.
Bem, Domeniquée, como já disse, é meu sobrinho e ele vive na França, mas sonha em viver na Alemanha.
Ele é loiro e tem o cabelo liso, é bem mais alto do que eu - o que não é muito difícil, magro -se pode ver os ossos de seus cotovelos, apesar disto ele tem uma aparência de um belo rapaz e tem olhos esverdeados. Adora - ele é fanático em - esportes! Bem, ele ainda está na escola regular... Ele adora conhecer pessoas novas, e com certeza aprender sobre a língua alemã.
Klaus, ahhh, Klaus! Ele parece como um anjo pra mim, suas feições apesar de imperfeitas são totalmente perfeitas para mim. Klaus também é loiro e tem cabelo lisinho e mais longo - nem tão grande e nem tão curto, na medida certa. Usa óculos e tem olhos fascinantes, azuis como as águas mais límpidas já vista e quando se olha fixamente se torna hipnotizante. Seu sorriso - apesar de seus dentes aparentarem imperfeições - é um sorriso encantador, de fato, adoro quando ele sorri. Klaus é alto e não é gordo, mas não é tão magro como meu sobrinho. Ah, claro! Vocês precisam saber como conheci Klaus...
Eu estava procurando por novos amigos na internet para que eu pudesse aprender línguas novas, até que um dia, ocorreu de começarmos a conversar... Ele me disse que era da Alemanha - confesso que, não me interessei pela língua tão de cara assim-, mas quanto mais fui conhecendo-o vi que estava me apaixonando por ele - nesta época eu ainda frequentava a escola-, bem, os dias se passaram nós conversavamos quase todos os dias, ou sempre que dava. Klaus sempre um rapaz ocupado. Mas ao mesmo tempo que nós tínhamos  um certo contato, diminuimos a frequência com que conversamos - não porque queríamos, apenas aconteceu.
Passaram-se alguns dias até que eu conheci outras pessoas e um menino que tinha o mesmo sobrenome que Klaus, tivemos uma relação relativamente curta. Não me arrependo, era um cara bom, mas não para mim. Ele não era Klaus. Após essa bagunça toda, voltamos a conversar com frequência novamente e então decidi que queria aprender alemão só para poder visitar o país de Klaus e poder conhecê-lo de verdade, quero dizer, ver se ele é mesmo real.
Por fim, decidi dizê-lo que estava apaixonada por ele. Ele recebeu bem e ao mesmo tempo mal. Em um momento estávamos super bem, trocando palavras doces, e outrora estava sendo ignorada por ele. Não compreendi e não compreendo. Até que um belo dia, Klaus resolveu ir para um encontro de pessoas que falam Esperanto! Fiquei contente por ele. E desejei a ele uma ótima viagem e que encontrasse alguém mais real pra ele do que eu poderia ser. E foi o que ele fez! Eu fiquei muito feliz por ele. Eu continuaria feliz se nós ainda conversássemos, mas agora eu conto sobre algo e ele não me responde. Eu não sei o que ele pensa. Klaus é um cara muito gentil, mas é como todos os outros - me refiro até mesmo as pessoas do sexo feminino- que quando vê que a pessoa gosta dela e não conversa por medo de machuca-la, ou qualquer coisa do tipo. Mas não percebe que o que mais deixa triste é quando de fato ele se afasta.
-
Agora que já apresentei os personagens e a história, voltaremos de onde paramos...
 "Estávamos, eu, Klaus e Domeniquée em nosso passeio agradabilíssimo na bela Deutschland. Klaus nos mostrava cada canto da cidade nos ensinando palavras novas. Eu e ele andavamos de mãos dadas, e mesmo não sendo possível me ver eu podia sentir que meu sorriso começava de uma orelha e só terminava na orelha do outro lado. Eu e meu primo estávamos em ecstase por aquilo ser tão real para nós...
Chegamos perto de uma campo de futebol, Domeniquée se entusiasmou imediatamente, eu olhei para Klaus e disse para Domeniquée que o deixaríamos lá - eu e Klaus não gostamos de esporte-, até que meu querido sobrinho disse:
- Hahaha, Now, it's time to stay alone with him. Time to the couple.


Eu só ri e disse o quão engraçadinho ele era. Nos despedimos - eu e Klaus - de Domeniquée. Estava começando a escurecer. Fomos para perto da casa dele. Assim que estavamos num lugar calmo, só nós dois, apenas nos olhamos e começamos a nos beijar. Ah, nosso primeiro encontro, nosso primeiro beijo... E um beijo com intensidade, nós não queríamos nos separar nem durante um segundo um do outro, mas a burra aqui tinha que dizer algo para estragar - talvez ainda não pareça algo que realmente iria estragar, mas sim, estragou-, então parei de beija-lo para dizer:
- Let's go to your place. It's a little cold here.
Ele me beijou mais uma vez e depois fez que sim, e de o seu sorriso mais encatador.
Ele segurou minha mão e me puxou. Quando entramos na casa dele, já não era mais exatamente uma casa, mas era um apartamente-labirinto. Ele soltou minha mão e saiu correndo para que eu o seguisse, comecei a achar que era uma brinadeira. E por ele estar correndo pensei que tivesse a ver com chegar mais rápido no apartamento dele. Depois de muito tempo correndo atras dele naquele labirinto - de luxo, a propósito- eu me perdi dele e me esbarrei em um cara que tinha uma arma na cintura. Dei meia volta e vi que havia policiais atras dele -pois eles já tinham um preso-, não sei porque diabos, mas eu voltei em direção ao ladrão que eu havia fugido no primeiro instante, e puxei qualquer assunto que me viesse a cabeça:
- Hallo! Wie geht's dir?
Ele respondeu qualquer coisa, eu estava muito nervosa pra prestar atenção no que ele disse. Então, só sei que consegui o meu objetivo de ajudar a polícia prendê-lo.
Apenas sentei numa escada, enquanto a confusão fazia-se de background de meus pensamentos. Eu vi Klaus do outro lado, ele me observava, nós trocavamos olhares. Eu queria ir até ele, mas eu sabia que se eu tentasse me mover ele simplesmente fugiria de mim. Fiquei parada, acho que minhas vistas ficaram embassadas por conta das lágrimas se formando em meus olhos. Até que duas amigas apareceram do meu lado e começaram a falar comigo que se eu ficasse na Alemanha elas sentiriam minha falta, e que tudo ficaria bem - em relação ao Klaus. Eu pensei, eu acho que não ficará bem não, mas posso tentar pela última vez.
No dia seguinte, fui até o prédio para tentar vê-lo, e conversar, resolver nossa situação.
Quando eu cheguei lá não lembrava direto do caminho, uma garotinha me ajudou. Me levou até o corredor, mas havia duas portas. Eu fui perguntar a ela, mas ela despareceu em menos de um segundo. Olhei bem para as duas portas e bati na 206 e tive sorte. A porta se abriu lentamente, Klaus não estava sorridente, nem triste. Sua expressão era neutra. Ao mesmo tempo que meu coração batia aceleradamente ele havia gelado. Sentí aquele frio na espinha. Eu sabia o que ele iria dizer, apenas acariciei seu rosto e disse:
- Now I know. You haven't been mine... I never had you. Klaus, I am so sorry for everything.
Eu não consigui dizer mais nada além disto. Nós trocamos olhares por uns segundos.
- May I kiss you? I mean, the last one? - Disse eu.
Ele fez que sim e então eu lhe beijei na bochecha e voltei a olhar intensamente em seus olhos.
E por um instante imaginei o momento em que eu me virei e ele me segurava e me desse um abraço forte e dissesse:
- Anna, don't leave me! Ich hab dich lieb! Marry me and you don't have to go...
Mas é claro que o que aconteceu foi diferente... Eu falei:
- Goodbye Klaus.
- Goodbye sweetheart.
E então me virei e nada aconteceu, alias, uma lágrima desceu.

E então eu acordei. Um dos piores sonhos que eu tive em toda a minha vida.

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