I don't wanna wake up

11:06 AM

Eu e René estavamos caminhando, num lugar estranho, mas René conhecia tudo, e então me guiava com muita facilidade. Eu nunca diria que tinha acabado de conhecer René, pois a maneira que conversavamos mostrava que eramos amigos de longa data.
Quando chegamos em uma rua, eu reconheci uma casinha simples, que era o lugar que eu mais amava está um tempo atras. Fiquei parada apenas observando a casa, René não conseguiu entender, imagino eu, já que eu estava de costas para ele, mas ainda assim ele não disse nada e ficou esperando que eu saísse do meu estado paralizado.
Foi então que eu o vi passar do meu lado indo em direção a casa. Era Maurice, como sempre lindo, cada vez mais lindo. Como isso era possível? Como ele conseguia isso? Pensei.
Ele me encarou, estava muito sério, e então fez sinal para que eu fosse até lá. Fui caminhando em direção a ele, não tinha certeza se René estava vindo atrás de mim, eu só conseguia pensar em Maurice.
Ele abriu o portão de sua casa, e pediu para que eu entrasse, soube logo que René ainda estava por lá quando Maurice esperou que ele entrasse também.
Observei a expressão que Maurice tinha no rosto, era uma expressão fria, firme, parecia com raiva. Quando ví que das sombras saía uma mulher, muito bonita, sentí uma ponta de inveja, mas eu não estava entendendo o que estava acontecendo ali.
- Diga pra ela o que nós temos. - Maurice disse tentando controlar sua raiva num tom de voz mais suave.
- Nós estamos namorando. - A mulher disse com um olhar quase provocante, e com um sorriso carregado de malícia.
- Para de mentir! - Maurice estava furioso agora. - Nós não temos absolutamente nada, eu queria que tivessemos, mas não temos. Eu fiz isso por raiva de você, Sophie, olha aí - ele disse apontando para René - você ja está com outro cara.
- Não eu não estou com outro cara! Ele é um amigo que resolveu me acompanhar, porque ainda não conheço o lugar direito.
A expressão dele havia se suavizado, não por completo, mas uma parte dele parecia mais tranquila.
- Você sabe o quanto eu gosto de você. - eu disse, num tom que parecia que ia explodir em lágrima por saber que ele ainda duvidava de mim.
Ele pediu para que a mulher fosse embora, não foi muito duro, nem muito amigável. Enquanto ela saía, René fez um sinal que estava indo também, ele me parecia assustado.
Tentei me aproximar de Maurice, mas ele me ignorava, assim como ele estava fazendo há algum tempo. Disse tudo que sentia, tudo que estava preso, soltei em cima dele. Ele sempre rebatia, eu tentava falar de uma maneira que não machucasse nem a mim e muito menos a ele. Foi então, depois de um longo tempo de conversa, que nos abraçamos.

No outro dia, resolvi passar na casa dele, para ver se conseguíamos conversar melhor. Ele ainda estava sério, quando fala comigo. Mas conseguí que conversassemos. Eu disse, novamente, o quanto gostava dele. Ele pareceu não dar muita importância. Então na hora que estava indo embora, parei no portão, olhei para ele e ele se virou para olhar para mim também, ficamos nos encarando por alguns segundos, corrí em sua direção, ele abriu seus braços e me pegou no colo e nos beijamos. Aquele beijo me lembrou do nosso primeiro beijo. Nos abraçamos fortemente e nos encaramos por um longo momento, estavamos felizes novamente. A única coisa que conseguia pensar era: que nos braços dele eu estaria sempre feliz. Meu coração estava quase saíndo pela boca. Tentei registrar cada detalhe daquele momento, para que fosse eterno.

Os dias passaram, e ainda estavamos juntos, mais felizes do que nunca. Certo dia eu estava indo a casa dele, após um dia exaustivo de trabalho, abri a porta que dava para a sala e em seguida tinha uma sala de jantar. Fiquei surpresa pois haviam velas e uma mesa arrumada que estava absurdamente linda. Maurice apareceu saíndo da escuridão do corredor, veio até mim com aquele sorriso que eu havia me encantado, desde o primeiro instante que eu bati os olhos nele e me abraçou e me beijou, me levou até o meu assento, ele começou a dizer coisas lindas para mim, e tirou de algum canto, não sei dizer de onde, mas era uma caixinha, ele abriu e começou a dizer:
- Você aceita ca...


No instante mais lindo, descobri que tudo era apenas um sonho. Nada daquilo foi real, tentei voltar a dormir para que pelo menos nos sonhos eu pudesse te-lo comigo novamente, mas eu não conseguí. Falhei mais uma vez.


Fotografia

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